O aumento dos hormônios femininos, em particular a progesterona, influencia indiretamente os hormônios reguladores da síntese da melanina (pigmentação da pele) e a síntese de colágeno (distensão da pele), predispondo ao aparecimento de estrias e manchas. Os melasmas (também conhecidos como “manchas de grávida”) são bastante comuns, sobretudo nas mais morenas ou mais expostas ao sol. A prevenção com protetores solares e a redução da exposição solar é válida, mas não atua 100%, pois há um componente genético. O uso de clareadores ou procedimentos como o peeling somente devem ser realizados após o parto, salvo em casos específicos ou a critério médico.
Os cosméticos podem ajudar também na prevenção
Os cosméticos podem ajudar também na prevenção do aparecimento de estrias, pois auxiliam na redução ao dano do colágeno e promovem a hidratação da pele. Mas atuam muito parcialmente, já que a estria na gestação é multifatorial e tem como causadores a predisposição genética, a idade mais jovem, a presença de hormônios e o ganho de peso.
Outra preocupação é quanto ao cuidado do uso de cosméticos pelas gestantes, pois sabe-se que muitas vezes as substâncias presentes nas fórmulas podem ser absorvidas pelo corpo e cair na corrente sanguínea. Os riscos dos cosméticos para gestantes é baixo, desde que sejam seguidas as recomendações do rótulo, que comunica qualquer restrição à gestação e a forma correta de uso. Assim não haverá risco para a segurança da mãe ou do feto. No entanto, ela alerta que produtos de uso profissional (como tinturas e alisantes) são contra-indicados, por não haver estudos científicos que comprovem sua segurança em humanos. Produtos para tratamento de celulite, acne, manchas, também não são recomendados nesse período, pois a eficácia certamente será prejudicada. Reações alérgicas, entretanto, podem ocorrer como em qualquer pessoa, por este motivo o uso de novos produtos ou de muitos produtos deve ser avaliado.
É necessário o uso de protetor solar todos os dias e recomenda, ainda, que as gestantes não engordem muito e que usem cremes hidratantes.
É necessário o uso de protetor solar todos os dias e recomenda, ainda, que as gestantes não engordem muito e que usem cremes hidratantes.
Segurança de cosméticos e medicamentos para pele
Veja abaixo a avaliação feita pela SBD sobre a segurança das substâncias mais comuns presentes em cosméticos e em medicamentos para a pele de uso livre:
Uréia: Encontrada em cremes hidratantes. Acima de 3% não utilizar em gestantes.
Ácido salicílico: Encontrado em produtos anti-acne. Embora haja evidências de alterações embrionárias em ratas em qualquer fase de gestação, este dado não pode ser extrapolado totalmente para humanos; entretanto, seu uso na gestação somente deve ser feito sob orientação médica.
Vitaminas E e C: Encontradas em clareadores e produtos anti-envelhecimento. Permitidas na gestação.
Cânfora: Encontrada em cremes para aliviar dor de hematomas. Até 2,5% em cosméticos, não utilizar em gestantes.
Derivados da vitamina A (cosméticos): Encontrados em produtos anti-evelhecimento. Retinol, palmitato de retinila: até 10000 UI. Retinaldeído: até 0,05%. Podem ser usados.
Derivados da vitamina A (medicamentos): Encontrado em produtos anti-evelhecimento e anti-acne. Tretinóina, Adapaleno, Isotretinoína não devem ser usados. Usar somente em casos específicos que os benefícios superam os riscos, sob critério medico.
Tinturas capilares
Derivados da fenilenodiamina: 4-methoxy-m-fenilenodiamina (4-MMPD): absorção em modelo animal e humanos; evidências de carcinogênese em ratos. 4-chloro-m-phenylenediamine, 2-nitro-p-phenylenediamine: carcinogênicos em modelo animal.
Parafenilenodiamina (PPD): Não há evidências de teratogenicidade (alterações embrionárias).
Fonte: WMulher
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